terça-feira, 16 de julho de 2013

Globalização e Cultura


 A globalização é um fenômeno muito mais abrangente do que suas múltiplas definições. Como um fenômeno complexo capitalista e suas diversas mudanças mundiais, uma coisa que não deve passar despercebida por todos nós é a Cultura. Extremamente importante para nossa formação e conhecimento, a Cultura é fortemente influenciada de diversas maneiras que, em alguns casos, chega a se alterar e absorver aspectos de outras culturas. Essa matéria tem justamente como objetivo explicar como a cultura fica na ocorrência da Globalização. Apresentarei ela centralizando na indústria cultural, mostrando os efeitos que a globalização causa na cultura e por fim, de como o Brasil reage a esse bombardeamento de informações e as consequências.

Indústria Cultural
Por Fernando Rebouças, InfoEscola 

  O mundo vive num sistema econômico-político-cultural capitalista e o surgimento da sociedade capitalista transformou as manifestações culturais em produto. Este cenário desencadeou a formação da indústria cultural, que é o conjunto de empresas, instituições  e redes de mídia que produzem, distribuem e transmitem conteúdo artístico – cultural com o objetivo de adquirir lucros.
 A heterogeneidade da indústria cultural brasileira é percebida não somente no grau de diversidade cultural e territorial de nosso país, mas por focar conteúdos de culturas estrangeiras em detrimento de nosso conteúdo nacional. Quando ocorre em nossas mídias uma exposição de nossos valores e identidades, há o abarcamento de interesse comercial que interfere no que deve ser mostrado para adquirir audiência.
 A produção da indústria cultural é direcionada para o retorno de lucros tendo como base padrões de imagem cultural pré – estabelecida e capazes de conquistar o interesse das massas sem trabalhar o caráter crítico do expectador. Para se manter e conquistar público, a produção cultural não objetiva somente a expressão artística, quando esta planejada sob pretensões profissionais.
 A expressão tendencial elaborada com elementos artísticos é incluída num produto cultural como forma de diferenciação. A indústria cultural assim como toda indústria está atenta a custos, distribuição e retorno de lucros.
 Um forte exemplo de indústria cultural é a televisão que apresenta pontos positivos em possuir ótima cobertura geográfica, penetração de público e variedade de conteúdo em vários horários, mas ao mesmo tempo apresenta conteúdos sensacionalistas e que escapam do consciente do expectador, cujo indivíduo possa vir a entrar em estado de alienação. Em outras mídias há o uso do termo “cult”, termo em inglês que significa obras com características específicas e com público direcionado e devoto.
 A arte em geral , as manifestações histórico – culturais e a identidade de uma região servem como inspiração e conteúdo de obra e produto cultural.Em suma a indústria cultural busca produzir algo que conquiste público e relevância comercial e se ramifique em produtos licenciados.

Efeitos culturais da Globalização

 Assim como em outros aspectos, a cultura sofre a interferência do acelerado processo de globalização. Uma vez que a dispersão da cultura não ocorre de maneira igual no mundo globalizado, os países que controlam a produção cultural em massa acabam por instaurar um padrão comportamental e produtivo.
 Desse modo, há uma imposição desigual de valores específicos, coordenada por uma pequena parcela de nações. É o caso da hegemonia dos Estados Unidos, que ao se tornarem potência econômica e política, passaram a ditar modelos a serem seguidos pelo restante do mundo. Como exemplos, destacam-se o perfil do cinema de Hollywood, hábitos alimentares como o fast food, além da influência musical e da predominância do idioma inglês.
 A Globalização tem os efeitos positivos e negativos muito relevantes, por exemplo, existe a exclusão de muitos grupos na sociedade e a separação entre camadas sociais. A Globalização cultural é como um plano de instrução de formação, que resultará na nova configuração do mundo, e a organização de um gigantesco Estado-Nação.
 Essa visão cria uma polêmica internacional. Apesar de essa globalização criar um contato entre civilizações, as vezes é deixado de lado a cultura nacional, e assim começa-se a aderir a cultura de outros, fazendo a aculturação, onde criaria uma sobreposição de uma cultura sobre a outra.

O Brasil na Globalização 


 O Brasil é um país integrante do sistema capitalista. Além dele criar laços comerciais com muitos países, com alguns ele acaba criando laços culturais, e bastante fortes. É o caso do Brasil com os Estados Unidos. Somos constantemente bombardeados pela mídia com a cultura norte americana, onde muitas vezes acabam alterando os nossos gostos, hábitos e preferências.
 O cotidiano do brasileiro se altera muito com essas influências. O tipo de roupa, a preferência musical, os hábitos, hábitos alimentares e comportamentais, preferência pelas artes e pelo cinema são extremamente influenciados por a cultura estadunidense.
 A globalização traz algumas vantagens e desvantagens para o Brasil, em relação a cultura:

Vantagens e Desvantagens

 O Brasil consegue ter acesso mais fácil para produtos internacionais. Apesar de parecer que isso é uma vantagem, pois estaria tendo contato com diferentes produtos, isso causa uma competição injusta com o mercado nacional. Muitas pessoas preferem comprar um produto estadunidense do que o brasileiro, pois acreditam que o produto dos EUA será de maior qualidade e dará um maior prestígio se o utilizá-lo. Com as pessoas preferindo comprar as coisas que não são nacionais, a indústria brasileira começa a ter certos prejuízos e consequentemente, atrapalhando de certa maneira no seu desenvolvimento.
 O acesso ao mundo da música, do cinema, das artes e do mundo científico é possível através da mídia. Entretanto, quando isso acontece em excesso, acaba nos influenciando para um lado negativo, que é justamente a alteração de muitas partes da identidade do brasileiro. A influência comportamental dos EUA é tão grande aqui no Brasil e muitas vezes não percebemos. Basta ouvir um pouco a programação das rádios, e percebe-se que mais da metade das músicas são músicas estadunidenses. Ao ligar na globo em um domingo a noite, veremos a série Revenge, ao invés de uma série brasileira. Por que a preferência nacional se alterou tanto?
 Muitos podem pensar que a mídia passa para população o que elas desejam ver. Entretanto, como que a população começou a ter esse gosto pelas coisas do EUA? Foi justamente a própria mídia que acabou nos doutrinando para que o nosso gosto se alterasse tanto. No caso da globo, ela já produziu diversas mini-séries baseadas em livros de literatura com estórias excelentes, mas muitas pessoas desconhecem os autores e as obras e acabam não assistindo. Portanto, é muito mais "viável" para os dois lados ao exibir uma série como Revenge, que não é brasileira.

Cultura Brasileira na Globalização


 A cultura brasileira vêm sendo cada vez mais desvalorizada pelo próprio brasileiro. Muitas pessoas preferem conhecer a cultura estrangeira do que a própria cultura. Um exemplo disso é o Cristo Redentor e a Estátua da Liberdade.

 As pessoas preferem muito mais visitar a Estátua da Liberdade do que o Cristo Redentor. Ambas tem os seus valores, mas por que a preferência é maior para ir até os Estados Unidos conhecê-la do que conhecer o próprio Cristo Redentor que fica muito mais perto, no Rio de Janeiro?
 O Cristo Redentor possuí sua imagem atrelada à grande violência que acontece nos morros cariocas. Como as pessoas escutam frequentemente nos telejornais sobre diversos casos de violência nesse estado, o Cristo Redentor acaba tendo os seus valores nebulados por esses fatores.
 Já a Estátua da Liberdade é atrelada ao liberalismo, a liberdade de consumo e o prazer capitalista que se encontra em abundância pelas propagandas de Nova Iorque. Logo, as pessoas acabam querendo ir para Nova Iorque, do que para o Rio de Janeiro para conhecer suas estátuas.
 O fato das pessoas não preferirem a cultura brasileira não se deve apenas ao fato da falta de interesse. O governo pouco incentiva a população a conhecer patrimônios históricos brasileiros, e isso traz consequências desagradáveis para esses patrimônios. Como o governo não incentiva muito, serão pouco as pessoas que frequentarão esses locais. Isso faz com que o governo ou o órgão responsável pelo patrimônio invista muito pouco em sua manutenção.
 É o caso do Museu do Ipiranga. Ano passado eu visitei lá, e percebi que muitas partes do prédio estavam em mau estado. E não precisa ser arquiteto para isso, pois em muitas salas o piso deixa o visitante desconfortável, pois range muito e dá a impressão de que ele pode se partir facilmente. A estrutura do prédio possuí partes do edifício expostas e mal cuidadas. Tão verdade é que no ano passado o Jornal Gazeta foi lá, e mostrou de perto esses problemas. Confira no vídeo:


 Toda essa perda de interesse pela cultura nacional e a procura pela internacional, acaba fazendo com que a nossa identidade brasileira seja perdida, pois não conhecendo a cultura do Brasil e se identificando com a de outros países, que vai acontecer se continuarmos absorvendo somente a cultura estrangeira, o cidadão brasileiro vai ser apenas um aglomerado de outras culturas, esquecendo a do próprio país onde vive.


    Com isso, percebemos que a globalização e a cultura caminham extremamente juntas, trazendo alguns pontos positivos e negativos. Observamos que os pontos negativos se sobressaem, em muitos casos prejudicando alguns países com o bombardeamento maciço de cultura, principalmente pelos Estados Unidos, que estabelecem parâmetros culturais que influenciam praticamente o mundo inteiro, possuindo a mídia como principal meio para disseminar sua cultura, e, em muitos países, causar a falta de identidade nacional e a desvalorização da própria cultura, que é o caso do Brasil.

Bibliografia

http://www.infoescola.com/cultura/industria-cultural/

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A História do Mundo em 3 minutos - Stop Motion



Dica de Livro: Uma Breve História do Mundo

 (Capa do Livro)

Sinopse

 Um balanço da fantástica saga da humanidade, magistralmente compilada desde seus primórdios até os frenéticos dias em que vivemos.
“É como ver a paisagem pela janela de um trem em movimento”, afirma Geoffrey Blainey, um dos mais aclamados historiadores da atualidade.
Sem jamais perder o foco, Blainey vai mais além: descreve a geografia das civilizações e analisa o legado de seus povos. O leitor deve se preparar para uma viagem inesquecível: saberá como eram as noites dos primeiros nômades; testemunhará o surgimento das religiões; questionará a carnificina das guerras e acompanhará a ascensão e queda dos grandes impérios.
"Uma Breve História do Mundo" vai entrelaçando a história de um povo a outro, de forma didática e vibrante. Distante de formalismos, o livro instiga e envolve o leitor página por página, levando-o a conhecer e interpretar melhor os fatos que nos trouxeram aos dias de hoje.

 (Geoffrey Blainey, autor do livro)

 "Uma Breve História do Mundo" é, sem dúvidas, um dos melhores livros de história que eu já li. Blainey escreve de uma maneira única, como se ele mesmo estivesse contando uma história no qual encanta, não somente pessoas que são apaixonadas por história, e sim também um grande público de pessoas que desejam saber um pouco mais sobre a História do Mundo. Apesar do livro ser extremamente bem escrito e abordar os temas com curiosidades e comparações entre o antigo e o atual, o livro, como qualquer outro, também possuí seus pontos negativos.
 O livro as vezes aborda locais e regiões no qual são desconhecidos pela maioria das pessoas, e também nomes que já ouvimos, mas não sabemos o que é. Por isso, às vezes ele pode, para algumas pessoas, parecer confuso, se tornando uma parte que é lida a toa. Também é sempre bom ter um conhecimento bom da História Geral, pois às vezes o leitor pode ficar perdido conforme o livro vai seguindo, pois o livro não segue exatamente a ordem que nos é passado na escola, e sim, da própria maneira de Blainey.
 A editora Fundamento realmente conseguiu utilizar frases chaves de algumas páginas e destacá-las a parte em pequenos quadrados com elas dentro, o que também chama bastante atenção do leitor e faz com que aquela parte da frase seja realmente gravada na cabeça de quem está lendo. A capa também conseguiu expor um significado de "mundo" muito bem, pois é destacado nela um mapa de fundo e alguns instrumentos históricos.
 O livro não é tão caro, nem tão barato. Geralmente se encontra na faixa de R$30,00 à R$45,00 na maioria das livrarias, mas com certeza não é um investimento a toa. Ele não é pesado, e nem tão fino ou grosso. É um livro feito na medida certa para aqueles que gostam muito e gostam um pouco menos da História Geral. Além disso, o Brasil não deixa de ser citado em algumas partes, tão pouco países que sofreram com a ambição do homem. "Uma Breve História do Mundo" é, sem dúvidas, um livro do qual não se arrependerão de ler!
 Além disso, eles possuí dois outros ótimos livros, chamados "Uma Breve História do Século XX" e "Uma Breve História do Cristianismo" e, quando eu eu terminar de ler, também irei publicar como dica.
 Vocês ainda podem ler um trecho do livro online, no site da Veja. Lá se encontra o primeiro capítulo. Para quem estiver interessado em ler, é só clicar aqui.

Dica de Livro: Não conte a ninguém


 O livro "não conte a ninguém" foi produzido nos Estados Unidos em 2001, escrito por Harlan Coben. Esse livro rendeu mais de 50 milhões de cópias, indicado a vários prêmios, entre eles Edgar, Anthony, Macavity, Nero e Barry. Em 2006 foi adaptado para o cinema numa produção francesa. Coben é autor de mais de 15 livros, sendo o único escrito a ganhar prêmios da literatura policial americana.
 O livro retrata um assassinato há oito anos, enquanto David Beck e sua esposa Elizabeth comemoravam o aniversário do primeiro beijo, onde sofreram um terrível ataque. David foi golpeado e caiu no lago, inconsciente. Elizabeth foi raptada e brutalmente assassinada por um serial killer. O caso volta à tona quando a polícia encontra dois corpos enterrados perto do local do crime, junto com o taco de beisebol usado para nocautear David. Ao mesmo tempo, o médico recebe um misterioso e-mail, que, aparentemente só pode ter sido enviado por suas esposa.
 Esse é um dos poucos livros que realmente prende o leitor desde a primeira página. O romance policial traz uma história que nos faz querer descobrir mais sobre a história que não é cansativa e possuí fortes emoções. É o tipo de livro que interage a mente do leitor até a última página.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Uma olhada no berço da Política Brasileira

(Independência, François René Moreaux - 1844)

Quais as diferenças mais acentuadas que se pode comparar entre o sentido de Política Antiga e Atual?

 Abordar a Política muitas vezes se torna um desafio. E muitas vezes, é algo totalmente incompreendido pela própria população que vive dentro da realidade da mesma. A Política Brasileira, desde antigamente, não se pode dizer que foi uma Política bem construída. Percebemos isso ao olharmos diante do governo de Dom Pedro I no Brasil. Provavelmente pelo fato de uma colônia ter se tornado independente e ser colocada nas mãos de um homem cujo o seu interesse e preparo não estavam prontos ou qualificados para o mesmo, podemos concluir que poderia ser já um dos fatos que nos levaria a refletir sobre este assunto.
 Diante da história, conseguimos perceber que um governo monárquico, com o decorrer dos acontecimentos históricos (como por exemplo, a evolução constante das Revoluções Industriais), não era, de fato, um governo apropriado, sendo percebido pela monarquia com o decorrer o tempo. É difícil argumentar diante dessas situações, pois se formos comparar o Brasil com os demais países Europeus cronologicamente, conseguimos perceber que diante deles, o Brasil seria um país novo de idade política.
 Porém, mesmo sendo "mais novo" que os demais, se compararmos com os Estados Unidos, conseguimos ver que em um sentido democrático estaríamos um pouco mais avançados. Possuímos um tipo de eleição parcialmente direta com a vontade de eleger um candidato, mas muitas vezes esquecemos de olharmos ao partido em que ele está presente e também o seu histórico.
 Independente da Política Antiga e Atual, percebemos que desde sempre a população acaba não procurando tanto conhecer e explorar os candidatos, sendo uma das possíveis causas o jeito que a mídia aborda, modifica e oculta a nossa Política. Claro que houve momentos em que a população teve sua voz, como nos difíceis momentos da ditadura de Vargas, porém a Política vai continuar trabalhando com si mesma e não com o foco central do país que o próprio não tome voz para mudar o que construiu.

Como podemos voltar a falar português???


 Já não é mais raro hoje em dia escutarmos expressões estrangeiras. Tão comum é que muitas pessoas já aderem a elas como vocabulário brasileiro. E de fato já está se tornando algo difícil de se controlar, visando a englobalização de línguas e culturas.
 Esse poderia ser um dos lados negativos da englobalização, pois apesar do conhecimento aderido nisso não podemos esquecer da nossa própria língua e de utilizá-la corretamente. Se não colocarmos isso em plano, a nacionalidade brasileira estará cada vez mais regredindo, tanto na questão linguística e cultural por a de outros países, o que pode acarretar na perda da "essência da língua brasileira" trocada por outras estrangeiras.
 Portanto, se algo não for feito tanto por parte do governo como por todos nós, a nossa língua irá cada vez mais perdeu seu "instinto linguístico" e nacionalidade. Uma das maneiras que podemos combater isso é tirar aos poucos o que colocamos depressa, trocando como por exemplo o "delivery" por "entrega".

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia dos Professores


Dia dos Professores

  O dia do professor é comemorado hoje, dia 15 de outubro. O que veria a ser, de forma simples de descrever, o professor?
 O professor é o profissional que desenvolve habilidades que o ajudará a lidar com crianças e jovens que estão em fase escolar, como metodologias de trabalho e didática de ensino. A criação da data se deu em virtude de D. Pedro I, no ano de 1827, ter decretado que toda vila, cidade ou lugarejo do Brasil, criasse as primeiras escolas primárias do país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através do decreto federal 52.682/63.
  Os conceitos trabalhados eram diferenciados de acordo com o sexo, sendo que os meninos aprendiam a ler, a escrever, as quatro operações matemáticas e noções de geometria. Para as meninas, as disciplinas eram as mesmas, porém no lugar de geometria entravam as prendas domésticas, como cozinhar, bordar e costurar.
  A ideia de fazer do dia um feriado surgiu em São Paulo, com o professor Salomão Becker, que propôs uma reunião com toda a equipe da escola em que trabalhava para que fossem discutidos os problemas da profissão, planejamento das aulas, trocas de experiências etc. A reunião foi um sucesso e por este motivo outras escolas passaram a adotar a data, até que ela se tornou de grande importância para a estrutura escolar do país.
  Anos depois a data passou a ser um feriado nacional, dando um dia de descanso a esses profissionais que trabalham de forma dedicada e por amor ao que fazem.

  Atualmente, o professor não é mais visto como uma figura imponente e máxima autoridade nas salas de aula, como o dono do conhecimento e portador da razão, e sim, como uma figura desvalorizada pelo seu trabalho, e cada vez mais em falta no mercado de trabalho. Por quê? Se formos parar para pensar, o crescente aumento de uns anos para cá da criação de escolas particulares, a facilitação dos meios de comunicação, a má educação provinda de casa sobre respeito e a falta de interesse dos alunos, no qual pode ser um reflexo dos investimentos em educação pelos pais e pelo governo, o professor passou apenas a ser um "alguém" que é obrigado a ensinar, mesmo que a pessoa esteja desinteressada, e um "alguém" no qual está abaixo do aluno que se vê com todas as razões e comando da sala de aula, e não ao contrário.
 Pude perceber hoje que todos estão agradecendo e desejando feliz dia dos professores. Mas isto é UM dia. No dia seguinte, as coisas continuam como sempre foi. A data, de fato, é boa pelo que representa, mas não vale de nada dizer que o professor é a base de tudo nesse dia, e nos outros dias do ano inteiro falar e fazer justamente o contrário. Não é necessário que eu publique a enorme quantidade de vídeos que mostram a crescente violência por parte dos alunos para os professores, e nem mostrar dados que apresentam o baixíssimo salário dos professores.
 Não estou apenas a favor dos professores. Também há muitos professores, principalmente os que trabalham em escolas públicas que fazem o maior acaso e não se preocupam em dar aula, pois segundo essa porcentagem de professores "O salário vai vir do mesmo jeito!". Portanto, ao mesmo tempo que parece difícil achar uma causa para estes problemas, não é, é muito fácil. O nosso dinheiro é pago para diversos investimentos, mas aonde é que fica o investimento para a educação?
 O nosso governo não procura fazer um grande investimento nas escolas, na própria educação em si. Para os jovens de hoje, podem reparar que só temos as disciplinas de Filosofia e Sociologia agora, e poucas aulas por semana. Por quê? Não é apenas porque é obrigatório agora em algumas escolas elas estarem na nossa base escolar, e o tempo não é curto apenas por questões educacionais. São matérias que nos fazem pensar, refletir, nos dão uma base... E por que o governo gostaria de nos proporcionar tal conhecimento? É mais fácil governar pessoas que não possuem uma base política e reflexiva do que as que possuem.
  O objetivo principal não é de fato, mostrar o certo e o errado, e sim falar as coisas que realmente acontecem. Não pensem que hoje é um dia maravilhoso para os professores e que ganharam uma folga por admiração ao seu trabalho. Não para a maioria. Não adiantar ter um dia de valor e o resto do ano de desvalorização. E os que podem fazer diferença, pelo menos por ora, não são apenas eles, e sim, principalmente, os alunos.

E feliz dia dos professores!

Bibliografia da base histórica: http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-do-professor.htm